Manny Pacquiao foi eleito deputado federal em sua terra natal, as Filipinas, no ano passado. Na última sexta-feira, o pugilista participou de seu primeiro debate importante no Congresso e deixou clara sua postura contra o projeto de lei que visa distribuir preservativos para pobres, entre outras medidas de planejamento familiar.
Oito vezes campeão mundial no boxe, Pacquiao se alinhou ao discurso dos políticos conservadores, que tem forte presença no país asiático. “Deus disse: ‘crescei e multiplicai’. Ele não disse tenha apenas dois ou três filhos”, afirmou em um encontro com membros da Igreja Católica. Estima-se que 80% da população das Filipinas seja da religião católica.
A medida é apoiada pelo presidente do país, Benigno Aquino, o que contribuiu para que o debate ganhasse enorme repercussão na imprensa. O discurso e a posição do pugilista no Congresso foi transmitido em diversos canais de notícias locais.
A atuação de Pacquiao no debate foi criticada por alguns colegas da casa, que acusaram o pugilista de mostrar pouco tato político nas discussões.
“O projeto não é uma varinha mágica que vai encerrar o sofrimento e a miséria em nosso país. Se for, por que não criamos um projeto que solucione todo o sofrimento no país? Ao invés desse projeto que julgo tão polêmico”, alegou o lutador, que foi acusado de hipócrita ao admitir que sua esposa tomava pílulas como medida anticonceptiva.
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